Toda Eucaristia é uma “ação de graças” a Deus.
Neste Ano Eucarístico da Diocese de Rio Branco, queremos louvar a Deus e, sobretudo, agradecer pelos 25 anos da passagem de Prelazia do Acre e Purus a Diocese de Rio Branco.
Portanto, é algo muito importante para nós o significado da palavra Eucaristia: “ação de graças”.
Em Jesus Cristo, no seu sacrifício, no seu “sim” incondicional à vontade do Pai, existe o “sim!”, o “graças!”, e o “amém!” da humanidade toda, que Ele representa na hora da cruz.
A Igreja é chamada a nos lembrar essa grande verdade. Encarnar o projeto eucarístico na vida cotidiana, lá onde se trabalha e se vive.
Significa também testemunhar que a realidade humana não se justifica sem a referência ao Criador. Não tenhamos medo de levar de cabeça erguida os sinais da nossa fé.
A “cultura da Eucaristia” deve promover a cultura do diálogo, que nela encontra força e alimento. Muito se engana quem julga que a referência pública à fé possa afetar à justa autonomia do Estado e das instituições civis, ou mesmo que possa encorajar atitudes de intolerância.
Se historicamente não faltaram erros na humanidade, isso deve ser debitado não às “raízes cristãs”, mas a incoerência dos cristãos nos confrontos de suas raízes. Quem aprende a dizer “obrigado” ao modo de Cristo crucificado, poderá ser um mártir, mas não será jamais um algoz.
A Eucaristia, além de “ação de graças” a Deus, também deve ser expressão de comunhão na vida da Igreja; ela está chamada a ser “projeto de solidariedade” para a humanidade toda.
O cristão que participa da Eucaristia aprende dela a fazer-se promotor de comunhão, de paz e de solidariedade em todas as circunstâncias da vida.
Neste mundo em que vivemos, precisamos hoje, mais do que nunca, viver a Eucaristia como uma grande escola de paz, onde se formam homens e mulheres construtores de diálogo e de comunhão.
Dom Joaquín Pertíñez
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